quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

II - Décio Pignatari




NOTA BIOGRÁFICA
Décio Pignatari

Jundiaí, 20 de Agosto de 1927- São Paulo, 2 de Dezembro de 2012
Publicitário, teórico da comunicação e escritor paulista.

Um dos fundadores, ao lado dos irmãos Haroldo de Campos e Augusto de Campos, da literatura concreta nos anos 50.

Nasce em Jundiaí e vive em Osasco, próximo da capital paulista, até à adolescência. Estuda direito na Universidade de São Paulo (USP) nos anos 40.

Começa as primeiras experiências poéticas no final dessa década e, em 1952, cria com os irmãos Campos o grupo Noigandres, núcleo que dá origem à literatura concreta. Em 1956 inicia uma bem-sucedida carreira de publicitário, chegando a ter a sua própria agência.

Dedica-se ao estudo da teoria da comunicação e dá aulas na Escola Superior de Desenho Industrial, no Rio de Janeiro, e na PUC, em São Paulo. Em seguida torna-se professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e passa a colaborar activamente em jornais, revistas, TV e rádio.

Polémico e irreverente, reúne seus textos teóricos em livros como Informação, Linguagem, Comunicação (1968), Contracomunicação (1972) e Semiótica e Literatura (1974). O Rosto da Memória (1986) e Panteros (1992) são suas obras mais recentes.

in: http://www.algosobre.com.br/biografias/decio-pignatari.html


A MINHA SELECÇÃO











































eupoema

O lugar onde eu nasci nasceu-me
num interstício de marfim,
entre a clareza do início
e a celeuma do fim

Eu jamais soube ler: meu olhar
de errata a penas deslinda as feias
fauces dos grifos e se refrata:
onde se lê leia-se.

Eu não sou quem escreve,
mas sim o que escrevo:

Algures Alguém
são ecos do enlevo.

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